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Palhaços sem Juízo realizam cortejo musical em São Miguel Paulista

Intervenção artística acolhe frequentadores dos fóruns.           O Fórum Regional de São Miguel Paulista, na zona leste de São Paulo, foi palco de um cortejo musical do projeto Palhaços sem Juízo, realizado na tarde de ontem (15), em celebração ao Dia das Crianças.         Definida como uma “parada musical forense” por Soraya Saide, atriz com 26 anos de experiência no Doutores da Alegria e idealizadora da iniciativa, a ação foi uma intervenção especial com cinco palhaços, dois deles músicos. Eles entoaram cantorias e paródias, acompanhados por violão, cavaquinho, sax soprano, tamborim e uma pequena corneta. “A função do artista é estar em lugares adversos e, aqui, usamos a palhaçaria como instrumento para contribuir com o entendimento de justiça e ampliar a sensação de pertencimento ao local, principalmente para as crianças”, afirma Saide.         Caracterizados com maquiagem leve, de nariz vermelho, vestindo roupas extravagantes e carregando um estandarte e elementos lúdicos que remetem ao Judiciário – como volumes de processos –, os artistas interagiram livremente com as pessoas. Embora o foco fosse as crianças, os adultos frequentadores e funcionários também entraram na brincadeira.         A aposentada Idália, que aguardava atendimento com seus dois netos, elogiou a iniciativa. “Não esperava encontrar palhaços aqui, achei muito pertido e sem juízo”, disse, rindo. E a menina de 10 anos que a acompanhava acrescentou: “Achei legal, só tinha visto palhaço em teatro”.         O advogado Wilson Jamberg, que abraçou os palhaços e cantou junto com a trupe na rampa de acesso ao segundo andar do prédio, também valorizou a ação. “Eu achei tão bonito. Gosto de ver alegria, sempre gostei de música.”         Já Nelson Rosa, escrevente chefe da 1ª Vara Criminal, se pertiu ao dizer que tratava de documentos sigilosos, enquanto os palhaços brincavam de conjugar o verbo fictício “sigilar”. “É um trabalho importante para distrair principalmente as crianças, além de nos pertir, sair um pouco da rotina”, disse.         O mesmo formato de cortejo lúdico foi encenado também no Fórum Criminal Ministro Mário Magalhães, na Barra Funda, no último dia 8.           O projeto         As intervenções artísticas comemorativas celebram a boa receptividade do Palhaços sem Juízo, projeto iniciado em 1º de agosto no Fórum Criminal Ministro Mário Magalhães e expandido para a unidade de São Miguel Paulista, em 19 de setembro.         Uma vez por semana, cada uma das unidades recebe a visita de dois artistas da trupe, que se apresentam como “assistentes de juiz”. Costumam chegar por volta das 14 horas e saem perto do horário do fim de expediente, às 18 horas.         A proposta se adapta a cada ambiente. No Fórum da Barra Funda, onde há uma sala de espera, as personagens exploram elementos relacionados à burocracia por meio de proporções e lógica incomuns do palhaço: uma mesa pequena e uma caneta gigante, carimbos grandes para papéis pequenos e canequinhas com café imaginário.         Já no Fórum Regional de São Miguel Paulista, onde o público que aguarda as audiências está distribuído em todos os espaços do prédio, a dupla estabelece um primeiro contato visual e, a partir da surpresa e estranhamento das pessoas, constrói uma pequena narrativa com técnicas de improviso.         Viabilizada pela juíza Tatiane Moreira Lima, da Vara da Região Leste 2 de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, a iniciativa tem o objetivo de acolher as pessoas que frequentam o local diariamente, especialmente as crianças. “Os fóruns, assim como hospitais, são ambientes pouco humanizados, que as pessoas acessam quando estão com questões graves para resolver, estão tensas e encontram um local muito austero, pouco acolhedor. A ideia de trazer palhaços torna o ambiente mais leve, cria essa relação de pertencimento e quebra essa austeridade”, diz a magistrada.         O Fórum Criminal Ministro Mário Guimarães recebe processos de todas as regiões da Capital; o de São Miguel, regional, atende os bairros da zona leste, é menor e abrange tanto Varas Criminais quanto Cíveis, características que tornam a presença de famílias e crianças mais frequente. No primeiro, circulam 30 mil pessoas por dia, e no segundo, cerca de 10 mil.                    imprensatj@tjsp.jus.br
16/10/2019 (00:00)
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